16/05/2019

Tempo, deuses, vida, mito!

Em devaneios com meus pensamentos,
percebo o mistério que há no tempo.
O tempo que passa, o que temos e o que não temos!
A mitologia nos deu o seu deus, o deus do tempo, Cronos!
Grécia antiga com suas magias!
Mas aqui em minha poesia, sinto que 
tudo tem um sentido e aprender
a viver requer tempo, esse que não temos ou temos?!
A noite que também tem seu deus, ou melhor, sua deusa, Nix!
tanto quanto o amanhecer, seu deus é Eros!
Amo  viver, e vida depende de tempo, 
tudo tem sua razão de ser, 
me vejo em meu momento direcionando 
minha mente para poder aproveitar
cada tempo que me restar!
O tempo passa rapidamente ou somos nós que não temos 
mais tempo para pensar no tempo, 
que nos parece que passa como o vento!?
Nem podemos esperar 
que coisas venham nos salvar, 
tempo, deuses, vida, mito!
 Acredito que precisamos nos salvar
de nós mesmos!

Ivone



02/05/2019

"Trem Das Cores."

" A franja na encosta cor de laranja,
capim rosa chá
O mel desses olhos luz,mel de cor ímpar.
O ouro ainda não bem verde da serra,
a prata do trem.
A lua e a estrela, anel de turquesa.
Os átomos todos dançam ,
madrugada, reluz neblina.
Crianças cor de romã entram no vagão.
O oliva da nuvem chumbo
ficando para trás da manhã.
E a seda azul do papel da maçã.
As casas tão verde e rosa que vão passando
ao nos ver passar.
Os dois lados da janela.
E aquela num tom de azul quase inexistente,
azul que não há
Azul que é pura memória de algum lugar.
Teu cabelo preto, explícito objeto,
castanhos lábios.
Ou pra ser exato, lábios cor de açaí
É aqui, trem das cores,
sábios projetos:
Tocar na central 
E o céu de um azul 
celeste celestial"
Caetano Veloso, 
em um momento especial!




Sempre me lembro de algo assim, 
quando também por mim, 
fico em estado de graça!
Meu pai sempre foi muito especial,
romântico e inesquecível,
acho que lá, no mundo espiritual,
me intuiu a relembrar,
de coisas que me fazem refletir!
Ah, as maçãs argentinas embrulhadas
em papéis de seda azul, 
tinham um sabor azul,
da vida e do céu em tom 
que não se esquece por mais 
que se queira,
a lembrança dessa letra e música,
dessa vida, 
desse céu de azul celeste celestial,
que eu e meu único irmão, 
ficávamos deitados no gramado,
do nosso quintal, 
olhando e sentindo
a brisa sem poluição, 
sem medos, sem cercados,
sem prisão  
"sem peias" 
bem assim com meus poemas
que pra mim me dão 
a liberdade de alma, 
de vida, 
de luz!

Ivone.