04/10/2011

PRODIGIO!

Como o Rei Lear não sentes a tormenta
Que te desaba na fatal cabeça!
(Que o céu d'estrelas todo resplandeça.)
A tua alma, na Dor, mais nobre aumenta.

A Desventura mais sanguinolenta
Sobre os teus ombros impiedosa desça,
Seja a treva mais funda e mais espessa,
Todo o teu ser em músicas rebenta.

Em músicas e em flores infinitas
De aromas e de formas esquisitas
E de um mistério singular, nevoento...

Ah! só da Dor o alto farol supremo
Consegue iluminar, de extremo a extremo,
o estranho mar genial do Sentimento!

Cruz e Souza

4 comentários:

  1. Forte poema. Forte como a biografia de Cruz e Souza!!

    Bj

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  2. Olá Ma! Obrigada por seu comentario!
    Cruz e Souza soube como ninguém interpretar nesses versos a loucura do Rei Lear!!!
    Forte? Você quis dizer chocante?
    Abraços amiga!

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  3. ... na dor aprendemos e crescemos e muito!!
    Abraço, Célia.

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  4. Oi Célia, sim, mas bem que poderíamos crescer mesmo sem dores!
    A Vida foi criada para se viver sem sofrer,mas...!!!
    Abraços amiga e desejo a você e a todos os que aqui vêm uma vida sem dores e sem sofrimentos!!!

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Ivone H Sato